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Imagem: Junior de Castro / Rede 98

“A gente precisa ter responsabilidade de relacionamento”, diz Lula em discurso em BH

Presidente pregou diálogo em evento com autoridades e apoiadores no Minascentro, na Região Central da capital


Por Lucas Rage e Junior de Castro

Durante sua agenda em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pregou o diálogo entre pessoas de diferentes espectros políticos. Em seu discurso para autoridades e apoiadores no Minascentro, no coração de BH, Lula rebateu críticas àqueles que defendem a polarização no Congresso Nacional.

“Quando a gente chega a uma certa idade, o que a gente traz de superior aos outros é experiência, é convivência”, afirmou o petista.Eu já convivi com tanta gente adversária. Com tanta gente que não gostava de mim, e que eu também não fazia nenhum apreço de gostar”, completou (veja a fala completa abaixo)

Lula cobrou, ainda, responsabilidade para se fazer política no país. “Eu acho que a gente precisa ter responsabilidade de relacionamento. Nós temos um Congresso Nacional, em que o meu partido só tem 70 deputados, e nós temos 513 deputados, afirmou. “E para aprovar as coisas nós temos que conversar. E conversar com quem não votou na gente. Por que as pessoas não são obrigadas a votar naquilo que o presidente da República manda. Nem sempre o presidente é o dono da verdade, disse, ao som de aplausos.

O presidente rebateu, ainda, críticas à tramitação de projetos no Congresso Nacional. “Nós temos que aceitar, da forma mais democrática possivel, quando um presidente manda um projeto de lei pro Congresso, os deputados quererem mudar. Quererem fazer emenda. Qual é a diferença disso? 

Mas aqui nesse país, foi criado que negociar é adotar a política do ‘é dando que se recebe’. Aqui no país se adotou uma cultura de que, quando um partido faz uma emenda em uma medida provisória do governo, houve corrupção

Em seu discurso, Lula citou ainda “a arte da política”, e alfinetou aqueles que criticam a falta de formação escolar do presidente da República. “A palavra correta é negociação, e compreensão da arte, do exercício de uma coisa que se chama política. Que não precisa ter curso universitário, tem que ter maturidade política. Tem que ter inteligência, que a gente não adquire no banco da escola, finalizou

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