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Imagem: Reprodução / TV Globo

Paul McCartney lembra antigos shows e fala sobre uso de IA em ‘Now and Then’

Ex-Beatle, que passa por BH neste fim de semana, foi entrevistado no programa ‘Conversa com Bial’


Por Estadão Conteúdo

Paul McCartney defendeu o uso equilibrado da Inteligência Artificial para músicas ao falar sobre dueto com John Lennon em I’ve Got a Felling na turnê Got Back e do novo lançamento dos Beatles, Now and Then, que utiliza arranjos vocais antigos de John Lennon, em entrevista que foi ao ar no programa Conversa com Bial na noite desta sexta-feira (1).

Apesar de destacar o cuidado que se deve ter com o uso de tecnologias que "podem nos enganar" e fazer pessoas dizerem coisas que não foram ditas, Paul destacou que o trabalho com o produtor Peter Jackson apenas limpou os vocais de John Lennon e não os alterou de fato. "Quando tentamos isolar a voz do John para o novo disco Now and Then, eu perguntei ao Peter se ele conseguiria fazer isso e ele e a equipe dele fizeram tão claro e bonito que conseguimos terminar o disco e separar a voz do John sem nada no fundo. Então disse que poderia fazer isso com I’ve Got a Feeling e poderíamos tocar ela ao vivo. É um momento muito especial."

Para Paul, a nova música conversa muito bem com os clássicos dos Beatles e conseguiu trazer a essência do grupo como nos antigos tempos. "É a última vez que vamos conseguir fazer isso."

Paul também demonstrou uma memória afiada ao relembrar de alguns dos muitos shows que realizou no Brasil durante a carreira. Dentre as lembranças, ele afirmou que no primeiro show realizado no país, em 1990, no Maracanã, sua equipe estava na plateia e afirmou que havia pessoas "fazendo amor" na multidão. "Eu não vi isso. Eu gostaria de ter visto isso."

Apesar da insistência do entrevistador em perguntas repetitivas voltadas a uma possível paixão de Paul pelo Brasil, que não foi assumida, um dos momentos marcantes da entrevista foi sobre a ausência dos Beatles no país durante todos os anos de atividade. "A verdade é que nós simplesmente ouvíamos nosso agente", respondeu Paul. "Ele nos dizia: ‘vocês vão para o Japão’, e nós dizíamos ‘OK’, e íamos para o Japão. Então, se ele nunca mencionasse o Brasil, nós nunca viríamos aqui."

Para Paul, esse processo mudou ao longo dos anos. O músico, que fez um show surpresa para 420 pessoas no Clube do Choro, em Brasília, nesta semana, revela que hoje tem mais poder de escolha. "Eu posso dizer para o meu produtor: ‘Quero ir para o Brasil, é possível?’"

Em sua mais longa passagem pelo Brasil, Paul ainda se apresenta em Belo Horizonte neste final de semana, em São Paulo nos dias 7, 9 e 10, em Curitiba no dia 13, e no Rio de Janeiro no dia 16 de dezembro.

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